E vejo, parado,
Tensão em céu estrelado:
Outros pontos tão notáveis,
Que parados, quando deito,
Se movem no meu peito.
Múmia, embrulho-me em lençóis.
Quieto, sou mil sóis
Que se estreitam.
Sou pontos que se deitam
Picotando-me, acordado,
O que pinto então parado.
E o primeiro ponto?
Quem o fez instável?
Que tensão não conto,
Durmo, e quero contável?
Semi-recta ou não,
Sou um ponto em segmento,
Que se pinta, em tensão,
No quadro de um momento.
João Rio
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