quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Grandes foram os feitos da nação. A bravura portuguesa percorre as nossas veias. Estas veias saturadas do sal do mar em que os medos mergulharam. Recuperem essa audácia de outrora. Orgulhem-se e orgulhem a nossa História. Somos um país do Fado, saudosista. Contudo, a nostalgia não tem de inviabilizar o progresso se servir de incentivo aos nossos esforços pela pátria. Por um futuro em que nós, portugueses, possamos ver concretizadas as nossas aspirações. Para tal é preciso uma mudança ao nível das opções políticas; as atuais revelam-nos uma grande utopia assente em ideais ultrapassados. Delas surge apenas uma forte preocupação sobre o valor da Verdade. Conseguimos distingui-la? Dissociá-la de uma retórica ilusória? É dela que advém , infelizmente, um dos maiores problemas da nossa democracia representativa; a crença por parte da opinião pública que os nossos governantes formam uma massa homogénea desprovida de valores éticos. Enquanto membro de uma democracia representativa sinto-me cansado. Cansado dos discursos ornamentados cuja essência nos tenta iludir, enganar. Esta sensação pouco revigoradora é comum ao resto da sociedade em geral. Contudo, devemos recusar-nos. A mudança requer uma participação ativa por parte de todos os constituintes do nosso sistema democrático. Assim sendo, a política não deve de forma alguma ser apenas para os políticos. É para todos nós, sociedade concreta. Chega de nos vermos mergulhados neste plano confuso da política. Chega desta realidade enevoada que nos apresentam. É paradoxal queixarmo-nos dos constantes efeitos de medidas erradas por parte dos nossos governantes se, posteriormente, manifestarmos uma atitude passiva à engrenagem social do atual sistema político. A solução está numa efetiva tomada de posição comum a todos os membros constituintes da nossa sociedade que, não pertencendo ao governo, devem manifestar a vontade de zelar pela defesa dos seus direitos enquanto cidadãos. A política é para todos nós.

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