domingo, 5 de maio de 2013

Embalam-se-me ternas;
Palavras. Eternas.
Palavras, de alguém,
Que ouvia sem nos ver.
Palavras, de mãe,
Ecos do nascer,
Ouço-as sozinho.
Trilham-me o caminho.
Um caminho em que o sentir,
De início a sorrir,
Aprendi no teu rosto,
Espelho de alma posto
No teu colo, no abraço...
No calor em que me enlaço
Para sorrir também.
E embalam-se-me, mãe,
As palavras que não digo,
As que sei ouvir também,
E que dizes, só comigo,
Com o olhar em que te vi...
Assim te conheci.
E embalam-se-me, ternas,
As palavras, eternas,
Em que vejo ser eu quem;
Amor de mãe, Amor de mãe.

João Rio

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