quarta-feira, 20 de março de 2013

 
Dói-me o pensar.
Dói-me o sentir.
Sei também, de imaginar,
Que me dói não existir.
 
Se, além vida,
Me curo do pensar e do sentir,
Porque veste a ferida
De vermelho o meu partir?
 
E que ferida é essa
De vermelho como Amor?
Que ferida, quando cessa,
Só de ideia rompe em dor?
 
João Rio

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