domingo, 3 de março de 2013

Caminham compassados
Em silêncio na corrente.
Passam mergulhados
Numa dor de quem não sente.

Estranha-se-me aquilo
Sem saber o que é senti-lo.
Sem ver que ela me fita,
Que pára e que se agita.

Assim, da outra margem,
Quieto e sem saber,
Faço-me à viagem
De quem olha sem viver.

                          João Rio

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