domingo, 2 de dezembro de 2012

 









Ser que fui e não mais sou,
Onde está a tua voz?
Grita agora o que calou
Este nada que é o "nós".

Porque és louco e vil em mim,
Só te ouvi na escuridão.
Ante-sonho que é no fim,
Longo eco sem razão.

Ri-me do teu ser,
Exorcizei a tua essência.
Ri-te, eu vou morrer.
Com ou sem demência.

João Rio

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