sábado, 20 de julho de 2013

Não me sei sentir cego.
Fecho os olhos e vejo.
Olho-me, sou ego.
Sonho e sou desejo.

Só acordado me apego,
Se olhar o que desejo
E não sonhar, cego,
Ego, por sobejo.

Não existe cegueira,
Se sonhamos acordados.
Apenas a canseira
De os olhos ter fechados.

João Rio

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