Quem se vê com medo,
Sente-se criança.
Há um respirar de cedo
Nesse tempo que se avança.
Quem na escuridão se vê,
Cai sozinho de vertigem
Que assim era sem porquê,
Noutro início, outra origem.
O medo é do nascer,
Não me lembro mas chorei.
Tal como o morrer,
Bem sei, não recordarei.
João Rio

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