segunda-feira, 11 de março de 2013


Estreita-se-me o beco.
Esvai-se em sangue ao meu arfar...
Arfo, de Amor seco,
Quando a vejo ao meu passar.

E nesse beco a sigo.
Dói-me a carne a cada passo.
Canta um anjo que, de amigo,
Cega a dor ao seu compasso.

E eu já sem a ver,
Corro atrás sem o refreio
Dos que sabem que o morrer
Não é mais que um devaneio.

                                  João Rio

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