
Caminho no jardim,
Só, entre os ciprestes.
Sento e, sobre mim,
Caem folhas, caem vestes.
Vestes para que, nu,
Me revista do que é puro.
Tempos em que tu,
Só passado, eras futuro.
Varrem-se com o vento
Essas folhas que eu arranco.
Memórias de um momento
Doutra vida, doutro banco.
João Rio
Sem comentários:
Enviar um comentário