segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013















Caminho no jardim,
Só, entre os ciprestes.
Sento e, sobre mim,
Caem folhas, caem vestes.

Vestes para que, nu,
Me revista do que é puro.
Tempos em que tu,
Só passado, eras futuro.

Varrem-se com o vento
Essas folhas que eu arranco.
Memórias de um momento
Doutra vida, doutro banco.

João Rio

Sem comentários:

Enviar um comentário