Músico, tocas para surdos.
Vês passá-los pela rua.
Vivem de absurdos
Numa pressa que não tua.
Aqui, desta varanda,
Eu paro. Paro para Te ouvir.
Não Me vês entre quem anda
Nessa falta de sentir.
Foge ao desalento
Que Me atrasa neste verso.
Dá-Me do talento
O que Eu dei ao Universo.
João Rio
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